domingo, 11 de janeiro de 2009

ABAIXO O MASSACRE DE ISRAEL NA FAIXA DE GAZA


Já está difícil até mesmo para qualquer meio de comunicação conservador esconder: o que está acontecendo no Oriente Médio, mais precisamente na Faixa de Gaza, é a prática de genocídio contra a população palestina. A cada minuto que passa, o número de mortos pelas bombas de Israel se torna impreciso, pois este não pára de aumentar. Até o momento o número oficial de mortos já passa dos 800, sendo centenas de crianças. Nem mesmo a ONU, órgão internacional totalmente atrelado aos interesses dos EUA e de Israel, consegue omitir tais números.
Mas o que nem a ONU e nenhum outro organismo internacional de direitos humanos faz questão de deixar público é que a população palestina da Faixa de Gaza há anos vive sem as mínimas condições de vida e à margem de qualquer garantia de seus mínimos direitos. Cerca de 80% da população vive abaixo da linha da pobreza, e além disso a taxa de desemprego atinge assustadores 65% da população economicamente ativa da região. Em outras palavras, o que já era uma crise humanitária de grandes proporções, com o massacre que Israel vem levando à cabo, tem se transformado numa catástrofe de dimensões imensuráveis. A pequena região que tem uma população de 1,5 milhão de habitantes e 60% de suas crianças desnutridas é hoje, por força da política assassina de Israel, um grande gueto, onde não se pode sair e nem entrar, nem mesmo a ajuda humanitária. Já é quase inevitável a comparação com os guetos onde os judeus eram confinados pelo exército Nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
Mesmo assistindo a todas essas atrocidades muitos organismos, internacionais e nacionais, de direitos humanos insistem em tratá-las como mais uma guerra convencional, onde os dois lados se atacam mutuamente. E isso tem sido a carta branca à Israel para continuar prosseguindo seu extermínio.
Já os EUA tem assistido o massacre de “camarote” apenas anunciando que faria o mesmo caso estivesse ameaçado. E não poderia ser diferente, pois é fato notório que Israel é um Estado armado e financiado para defender os interesses norte americanos no Oriente Médio. Um Estado que já nasceu à base da legalização do racismo e do genocídio. Onde as leis restringem o casamento entre judeus e moradores das regiões ocupadas (não-judeus) e a posse de terra, ainda que comprada, aos palestinos.
Nosso núcleo repudia veementemente os ataques de Israel. Defendemos a paz para a região, todavia não temos nenhuma ilusão de que esta virá pelas mãos de Israel, dos EUA ou da ONU. Também não defendemos uma paz, onde cessadas as bombas, a população palestina padeça na miséria e com o racismo de Israel.
Desde já expressamos nosso repúdio aos ataques de Israel e nos colocamos em defesa do direito dos palestinos se defenderem.
Por fim, chamamos todos os grupos, núcleos e órgãos de direitos humanos a se somar na luta contra o massacre de Israel e na defesa do povo palestino de Gaza. E como primeiro passo nessa luta devemos juntos exigir que o Governo Lula, que se diz defensor dos países e nações pobre do mundo, a romper imediatamente relações políticas e comerciais com o estado de Israel em repúdio ao massacre.

Contra a demissão arbitrária, ilegal e antisindical do companheiro Brandão

No dia 08 de dezembro, Claudionor Brandão, dirigente sindical da USP e conhecida figura na luta pelos direitos da classe trabalhadora, foi demitido por "justa causa" pela reitoria. O que a reitoria não diz é que esta "justa causa" é exatamente as lutas e greves que Brandão ajudou a construir nos últimos anos para defender salários mais justos, mais direitos e o fim da precarização do trabalho na USP.
A demissão de Brandão não é um fato isolado, pelo contrário, há muito estamos acompanhando uma série de demissões de importantes lideranças sindicais. Faz parte de uma política milimetricamente orquestrada pelo Governo, patrões e burocracias acadêmicas para atacar os mais elementares direitos sindicais, enfraquecendo dessa forma as lutas do conjunto da classe trabalhadora.
Esse ato da reitoria contraria todos os príncipios da Constituição Federal e da CLT que garantem proteção e estabilidade aos dirigentes sindicais e também o direito ao exercício de greve. Mais uma amostra de que o governo, patrões e burocratas acadêmicos estão dispostos a "passar por cima da lei" quando se trata de proteger seus interesses e privilégios.
Desde o nosso ponto de vista essa demissão representa um grave atentado contra os direitos humanos, pois como já é consolidado, estes também abrangem as garantias e proteções ao trabalho e aos trabalhadores.
Chamamos todas as organizações de defesa dos trabalhadores e de Direitos Humanos, com especial chamado à RENAP e REPED para que possamos exigir a imediata reincorporação do companheiro Brandão.

http://contraademissaodebrandao.blogspot.com/

Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos