sexta-feira, 14 de novembro de 2008

A TORTURA AINDA VIVE NOS QUARTEIS BRASILEIROS

No mesmo momento em que figuras do alto escalão do Exército brasileiro, cinicamente, pedem para que esqueçamos das torturas e dos horrendos crimes que estes mesmos cometeram durante a ditadura militar e que não deve ser feita nenhuma discussão a cerca da punição dos agentes torturadores, vem a público mais um exemplo de que o método de tortura não é algo do passado, mas sim uma política sistemática que os órgãos repressivos do Estado ainda levam a cabo. Um jovem de 16 anos, que pulou o muro de um terreno do exército no Rio de Janeiro, foi preso no mesmo local e torturado com choques, queimaduras e agressões físicas. Segundo o hospital que o atendeu, o rapaz sofreu queimaduras de 1° e 2° grau, possivelmente causada por um certo tipo de ácido, e corre o risco de ficar cego.
Os mesmos generais, coronéis e oficiais que torturavam militantes de esquerda e trabalhadores no passado mostram, dessa forma, que continuam na ativa, muitas vezes realizando chacinas nas favelas e reprimindo os movimentos sociais. A "missão" institucional do exército, prevista na Constituição Federal, mais uma vez ficou manchada de sangue com os reais objetivos do exército: A repressão e manutenção da ordem burguesa.

Até agora, o governo Lula e o PT, outrora defensores dos direitos humanos, não se manifestaram sobre o caso. E nem o farão, pois vêem esses militares torturadores como aliados políticos e assim como eles também estão comprometidos com manutenção da ordem dos ricos. Nós do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (UNESP FRANCA) chamamos todas as organizações de defesa dos direitos humanos, movimentos sociais e partidos de esquerda a repudiar de maneira veemente tal crime bárbaro. Exijamos a punição dos executores e também dos oficiais mandantes.

Para nós essa luta deve estar ligada com uma ampla campanha contra a "repressão de ontem e hoje". Ou seja, que exijamos uma investigação e punição a todos os crimes que o exército, a polícia e outros órgãos do estado cometeram durante o regime militar, assim como também dos crimes que essas mesmas instituições seguem cometendo contra a classe trabalhadora e o povo pobre.


Investigação e Punição de todos os militares, executores e mandantes, envolvidos nesse caso de tortura! Punição a todos os militares que torturaram no regime militar! Por uma ampla campanha em defesa dos direitos humanos da classe trabalhadora e do povo pobre!


NÚCLEO DE DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS - UNESP FRANCA

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